Fotografar parto me faz pensar na rotina de enfermeiros e médicos, todos de prontidão!
Meu irmão me ligou às 5:36h da manhã de quinta-feira, 3 de Março.
Meu coração quase parou e atendi com um: estou indo!
No parto da minha primeira sobrinha, a Ceci, eu não escutei o telefone tocar e passei todos esses anos remoendo o que perdi.
Cheguei na casa do meu irmão e a Letícia, minha cunhada, estava com contrações ainda leves, a casa silenciosa, sendo palco de um acontecimento incrível.
O ritmo da manhã espaçou as contrações e a Lê preferiu descansar, estava com 5cm de dilatação, colo fino, sem bolsa rota e sem motivos pra acelerar o nascimento.
Meu irmão ao seu lado em todos os momentos, dividindo o que fosse possível e ajudando com todo seu jeito brincalhão e carinhoso.
Foi depois do almoço que as contrações voltaram frequentes, pelas fotos vocês vão conseguir ver que minha cunhada é muito deusa e nunca vi na vida alguém parir com tanta calma.
No hospital uma equipe que olhava nos olhos, segurava nas mãos e falava baixinho palavras de coragem.
Assistir tudo isso me fez querer engravidar de novo pra ter um time desses ao meu lado, que jamais me faria desistir de algo que passei meses querendo muito.
Letícia mudou o tom de sua vocalização e como um chamado da natureza, nos avisou que a Olívia iria nascer em poucos minutos.
Quase perdi as fotos do nascimento, foi muiiiito rápido.
Filmei e fotografei ao mesmo tempo, além de chorar e sorrir, tudo junto e misturado.
Testemunhei esse milagre sentada no chão e vi na minha frente a materialização de Deus e do amor mais forte do mundo.
Não existe nada mais importante do que a família.
Nada.




































